Estive tentado a escrever algumas incoerências por aqui mas, para felicidade geral, não levei a cabo tal intenção. Não há como negar, meus posts andam um porre. Mas fazer o quê? A vida também é chata, o blog é só um reflexo.
Como vocês bem sabem, o último domingo foi marcado por um grande acontecimento. A entrega do Oscar? Nada disso. A captura dos soldados americanos pelos iraquianos? C'mon! Refiro-me, obviamente, à final do campeonato carioca de futebol, vulgo Caixão 2003. Eu só vi alguns pedaços dessa decisão molambenta mas, a julgar pela algazarra feita pela clientela do pé-sujo aqui em frente, parecia até que o Mundial de clubes estava em disputa. Todo esse rodeio foi só para falar de uma amaldiçoada torcedora da turma do cinto de segurança. Após o jogo tornar-se favas contadas, fui torturado durante uns vinte minutos pela voz esganiçada dessa criatura a berrar: "Uhuuu! Vascooooo! Uhuuu! Vascooooo!" É impossível expressar em palavras o ódio que eu sinto por gente que grita "Uhuuu!". Minha vontade era bater um fio para o palácio do Saddam em Bagdá, pedir emprestada alguma arma de destruição em massa e tacar tudo em cima daquela ratatuia. Essas neuroses de cidade grande vão me botar maluco. Mas tudo bem. Um dia eu ainda vou viver num lugar em que, à tardinha, as pessoas colocam cadeiras na calçada em frente de casa e ficam observando o tempo passar em silêncio.
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